ORIENTAÇÃO VOCACIONAL ESCOLAR E PROFISSIONAL

 

Um dos aspetos fundamentais na vida de um jovem prende-se com a escolha do seu futuro profissional. A Orientação Vocacional Escolar e Profissional é um processo contínuo e integral que tem como principal objetivo o de preparar o jovem para uma escolha consciente relativa ao seu futuro, seja ele escolar ou profissional.

Contrariamente ao que muitas vezes se pensa, a Orientação Vocacional (OV) não consiste apenas em “passar uns testezinhos” – é, inclusivamente, um processo que começa muito antes, muitas vezes no ensino pré-escolar, quando começamos a trabalhar as profissões com os mais pequenos. Esta exploração ao longo do percurso de vida, das diferentes opções escolares e profissionais, permite ao aluno que chega a um final de ciclo (normalmente, o 9.º ou o 12.º ano) a tomada de uma decisão. Os testes psicotécnicos são uma parte deste processo, onde se avaliam, acima de tudo, três áreas: aptidões (competências reais do aluno nas diferentes áreas), interesses (os seus gostos, motivações e como projeta a sua vida profissional futuramente) e valores (o que valoriza na sua futura vida profissional). À semelhança dos testes psicotécnicos, é fundamental conhecer bem o aluno e o seu ambiente escolar e social, sendo por isso necessário recolher a maior e melhor informação possível sobre o aluno, interagindo com ele, com os diretores de turma e com os pais. De salientar que os pais são imprescindíveis parceiros neste processo. No final, discutem-se todos os aspetos considerados relevantes: não apenas o que os testes indicam, mas também as discrepâncias entre resultados, as expectativas, o grau de informação do aluno, a sua maturidade de carreira, a sua capacidade de tomada de decisão, e até mesmo dúvidas que o aluno ou os pais possam ter.

No 9.º ano a escolha da área é mais generalista – mas ainda assim igualmente importante.

No 12.º ano é fundamental compreender dois aspetos fundamentais: se o aluno quer prosseguir os estudos (e que tipo de estudos: superior ou formação complementar; quais as médias de acesso, os pré-requisitos exigidos, os exames nacionais, localidades onde há o(s) curso(s) pretendido(s), saídas profissionais, etc.) ou se o aluno quer ingressar no mercado de trabalho.

A escolha de uma determinada área não pode ser considerada estanque nem definitiva: a oferta escolar do nosso país está desenhada com alguma flexibilidade, o que permite ao aluno transitar entre áreas ou escolher uma profissão diferente daquela que pautou o seu percurso escolar sem ter necessariamente que repetir o(s) ano(s).

O ensino profissional tem-se também revelado uma opção muito interessante, estando atualmente afastada da ideia (errada) que é apenas para alunos com competências inferiores e com historial de repetições de anos: trata-se de uma estrutura com características muito próprias, e com um grau de profundidade, exigência e ritmo muito elevados.

Se é verdade que existem alunos que têm muitas dúvidas sobre o seu percurso profissional, outros há que parecem ter já muitas certezas. Ainda assim, é importante explorar diferentes alternativas, uma vez que é recorrente aparecerem alunos que têm certezas do seu futuro apenas por pressão familiar ou por desconhecerem outras opções.

As dúvidas, receios, erros e exploração de todo o universo escolar e profissional são imprescindíveis para a construção de um aluno e um futuro profissional de sucesso.

Além desta avaliação na área da OV, compete-me a mim fornecer informações, esclarecer dúvidas e ajudar na tomada de decisão. Porém, nunca é demais relembrar: a decisão final é do aluno e dos respetivos pais. O psicólogo apenas poderá aconselhar ou agir como facilitador, nunca como alguém que decide ou influencia a decisão. Aos pais, um conselho: não deixem de procurar profissionais nesta área para melhor vos aconselhar, a vós e aos vossos filhos.

Pela situação atual do país, tivemos que repensar e reestruturar este processo da Orientação Vocacional. As reuniões em auditório com os alunos, pais e encarregados de educação, forças militarizadas Portuguesa – Exercito, Marinha e Força Aérea – não vão ser possíveis de se realizar. Os testes psicotécnicos que a Escola tem ao seu dispor não poderão ser utilizados; o contacto presencial psicólogo, aluno e pais não poderá continuar a ser realizado.

O que vamos fazer então?

Os alunos que mostraram o seu interesse em realizar o seu processo de Orientação Vocacional vão realizar este processo de forma faseada através de e-mail e via online sempre com o apoio e esclarecimentos do SPO da Escola Camilo Castelo Branco.

  1. Numa primeira fase será enviado informação via diretor de turma, ofertas que existem no 10.º ano.
  2. Serão fornecidos links e informação referente à academia Militar, academia Naval e Academia da Força Aérea;
  3. Iremos proceder a atividades exploratórias do acesso ao ensino superior;
  4. Iremos tentar responder a diversas questões “Como é que eu sou?”, “o que quero fazer?”, “Como reajo em situações de stress?”, entre outras, de forma a que o aluno tenha uma tomada de consciência sobre o seu verdadeiro “EU”, as suas aptidões, interesses e valores.
  5. Iremos tentar nos projetar 10 anos no futuro e pensar nas profissões que serão mais precisas, cujo mercado de trabalho não esteja saturado e qual o salário de cada uma dessas profissões; tentar responder a questões como “onde quero estar?”, “como quero estar?”, “quanto quero ou espero estar a ganhar?” e outras que os alunos e os pais coloquem.
  6. Tentaremos realizar algumas técnicas psicométricas disponíveis online de forma gratuita (infelizmente as disponíveis por ora são todas brasileiras, mas tentaremos adaptar à nossa realidade);
  7. Iremos ter fóruns de discussão final, de forma a que quer os alunos quer os pais estejam esclarecidos;

No final da orientação vocacional espera-se que as dúvidas e incertezas sejam menores, de forma a que o aluno com a ajuda dos pais, faça as suas escolhas com alegria e sem receios.

Bom trabalho e boas escolhas.

O SPO da Escola Camilo Castelo Branco

 

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